Os tipos de celulite e as possibilidades de tratamento

A celulite nada mais é que um acúmulo de gordura abaixo da pele. Embora possa atingir os homens também, é muito mais comum entre as mulheres. Para algumas delas isso é apenas um detalhe, mas para outras é motivo de descontentamento e queda na autoestima.

O que causa a celulite?

Muitos fatores podem provocar a formação da celulite. O sedentarismo, a má alimentação e até o estresse podem ocasionar esse tipo de mudança no corpo, já que favorecem o acúmulo de gordura.

Alterações hormonais podem afetar o metabolismo e também resultam na formação da celulite. Essas alterações podem ocorrer por diversos motivos, como o surgimento de determinadas doenças.

A circulação sanguínea também está ligada ao aparecimento dos furinhos e ondulações na pele. O sangue precisa fluir bem para drenar as toxinas e, quando isso não acontece, o tecido adiposo, que armazena a gordura, tende a aumentar.

A genética não deve ser esquecida, já que a hereditariedade também pode influenciar nesse tipo de questão. Cada organismo funciona de um jeito, e a combinação dos fatores citados pode tornar uma pessoa mais ou menos propensa a desenvolver as alterações na pele.

Os diferentes tipos de celulite

Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica, a celulite pode ser dividida em 4 graus:

Grau 1: não há irregularidades visíveis; as ondulações surgem apenas quando a pele é comprimida.

Grau 2: as irregularidades e ondulações podem ser notadas sem comprimir a pele.

Grau 3: os nódulos e furinhos são bem perceptíveis.

Grau 4: há inchaço e uma grande quantidade de nódulos; a celulite é mais rígida, a pele apresenta aspecto acolchoado e a circulação fica comprometida.

A condição é muito comum, chegando a atingir mais de 90% das mulheres adultas, mas cada caso tem suas peculiaridades. Por isso, é importante entender como a celulite funciona antes de pensar em formas de eliminá-la.

Prevenção e tratamento

Não tem muito segredo: manter um conjunto de hábitos saudáveis é a melhor forma de evitar a condição. Além de prevenir o aparecimento das ondulações, nódulos e furinhos, os bons hábitos podem contribuir para a diminuição da celulite que já existe.

A hidratação é extremamente importante – a ingestão de água faz com o que o organismo elimine as toxinas, evitando a retenção de líquidos, que é uma das principais causas da celulite. Para quem tem dificuldade nesse sentido, vale apostar em chás sem açúcar, água de coco e sucos naturais.

A prática de exercícios físicos é indispensável. Além de ajudar na redução dos níveis de gordura, movimentar o corpo ativa a circulação sanguínea. Com menos gordura e uma circulação mais eficiente, a formação da celulite é dificultada, assim como a permanência dela.

Cuidar da alimentação também é essencial. Os antioxidantes ajudam na eliminação das toxinas e na renovação da pele. Eles são encontrados em legumes, verduras, frutas e outros alimentos – quanto mais natural for a dieta, melhor! Além de contribuir para a melhora das questões estéticas, a alimentação saudável fortalece o corpo e a mente.

O açúcar não precisa ser encarado como vilão, mas o consumo deve ser moderado. Doces e carboidratos geram acúmulo de gordura e retenção de líquidos, fatores que estão diretamente ligados ao aparecimento da celulite. Além disso, bebidas e outros alimentos industrializados, com altas quantidades de sódio, conservantes, corantes e acidulantes, também são prejudiciais.

Formas de acelerar o tratamento

A automassagem pode ajudar na eliminação da celulite, pois ativa a circulação. Os cremes anticelulite podem ser usados no processo, mas especialistas afirmam que os efeitos desse tipo de produto são de curto prazo. A drenagem linfática costuma ser mais efetiva que a automassagem, mas é uma técnica que funciona melhor quando aliada a outros cuidados.

Nas clínicas de estética, algumas opções têm dado bons resultados. A radiofrequência gera um calor intenso e rompe as células de gordura, diminuindo a flacidez da pele. Os resultados são persistentes, podendo ser notados por meses após a realização do procedimento. O ultrassom é outro aparelho que quebra as células de gordura e combate a flacidez. Os tratamentos realizados nas clínicas de estética costumam ter efeitos mais duradouros e custos mais elevados.

Uma opção interessante é o uso de bandagens elásticas adesivas para redução da celulite. A técnica não costuma causar dor e tem um custo relativamente baixo. As bandagens devem ser aplicadas por um profissional de saúde capacitado, pois só alguém que entende de taping sabe como aproveitar todo o potencial do material. Quando fixadas corretamente, as fitas levantam a pele e ativam os sistemas sanguíneo e linfático, melhorando a circulação, e revitalizam as fibras musculares. Os resultados costumam ser bem satisfatórios, principalmente quando combinados a uma rotina saudável.

Existem, ainda, tratamentos que só podem ser realizados por cirurgiões plásticos e dermatologistas. Geralmente, são procedimentos mais invasivos, recomendados para os graus mais altos de celulite.

Buscar ajuda profissional é sempre válido. Um dermatologista sabe analisar cada situação e indicar soluções adequadas, evitando gastos desnecessários e tratamentos ineficientes.

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